Livros

orbituário em lambiência menor

Este novo livro de Bruno Miguel Resende é um continente de grécias falantes, sem, em portuguesas letras, se debaldar em relógios falantes á la F M Melo. Está uma edição Debalde que colabora com Diógenes ou com a livre selva pensamental de Jarry, nomeando as reiteradas rugas do contemporâneo e a nova fuga para o Egipto, sem invasão de moeda. Há, por ali, incluindo a capa, um peixe que talvez corresponda à antiga “chave” com que os leitores do renassenso tecnificavam as fístulas.
A imbuição deu-se num jovem bairro do porto, onde se faz ramolde com as crianças, e onde a vénus de milão assessora os devires ocultos à entrada do cemitério. “Vem por aqui” sugerem os coveiros de saber poético. Este orbituário calcifica os pequenos prazeres ainda não impostados, os pequenos hobbies, o hobbytuário.
por alberto augusto miranda
engolir lâminas vermelhas não interfere na cor

sussurrei palavras aos ouvidos do vento
para ecoarem nas velas de barcos perdidos
diziam que engolir lâminas vermelhas
não interfere na cor
e ainda hoje
permanecem à deriva
falosofia

sinopse: Chegou o momento da falosofia. Porque uma vagina com um olho não é um ciclope. Porque um pepino com manchas não é uma girafa. Porque uma couve que zumbe não é uma avioneta. É preciso ter um tesão que chega ao sol. Porque não nascemos para ser cabides. por agripino de tales, falósofo
descravidades

sinopse: Quatro peças teatrais que nos levam à descoberta do Para-Isso, tal como refere Alberto Augusto Miranda, de Bruno Miguel Resende. Obras onde a vida se desnuda através de quadros onde o humor e a ironia são uma constante. por xavier zarco.

sinopse: A esquilofrenia sente-se na vertigem de um galho pendente na noite, emociona-se enquanto os machados não estão suficientemente maduros, porque as sinapses trocam-se às raìzes que eclodem túmulos vivos, e mortificam os cadáveres que asseveram nas andanças, então enquanto nirvana é um silogismo que acrescenta lisérgicos frutos às manchas de tinta, como pórtico aos vazios, já a saída torna-se assim emergente de uma bolota.

sinopse: Do caos à consciência do nada, uma viagem em demanda das palavras exactas, num ambiente marcadamente notívago, sempre sob o pensamento nietzscheano. por xavier zarco.

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